No dia da matemática, alunos celebram maneira dinâmica de aprender
No dia 6 de maio é comemorado nacionalmente o Dia da Matemática, para muitos, conhecida como a disciplina que ninguém gosta, vista como chata e difícil de aprender. Porém, esta realidade vem mudando em Belém, graças ao empenho, criatividade e dinâmicas utilizadas pelos professores da rede pública municipal de ensino, como a professora de matemática Rosangela Dantas, idealizadora do projeto “Etnoconexões entre a arte e a matemática”.
O projeto é um exemplo bem sucedido, que reúne trabalhos em cerâmica realizados pelos alunos do 8º ano da Escola Liceu de Artes Mestre Raimundo Cardoso, em Icoaraci. O “Etnoconexões entre a arte e a matemática” existe há 4 anos e utiliza o saber local, no caso a cerâmica, para ensinar os elementos geométricos aos alunos, ficando entre os cinquenta melhores projetos no prêmio Educador Nota 10 – Fundação Victor Civita.
“No momento em que a gente se propõe a fortalecer o saber escolar, ultrapassando os limites da sala de aula, enriquecemos a construção do conhecimento”, afirma a idealizadora, Rosangela Dantas.
Para o aluno do 9º ano, que participou do projeto em 2014, Cristian Monteiro de Lima, de 14 anos, a nova maneira de aprender é estimulante. “É diferente sair da sala de aula, ter contato direto com a cerâmica, e unir matemática e arte, fica muito mais fácil aprender”, ressalta.
Com o objetivo de construir novas metodologias e promover a troca de experiências entre os profissionais, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) realiza mensalmente formações com todos os professores da rede de ensino, desde a educação infantil até a Educação de Jovens e Adultos.
Na educação infantil, onde concentram-se alunos com idade entre seis meses a cinco anos, a matemática é inserida aos poucos, por meio de brincadeiras e jogos, o lúdico auxilia no processo de conhecimento dos números. Brincadeiras de rodas são em geral as mais utilizadas nesse processo.
No Ciclo I, correspondente ao 1º, 2º e 3º ano, do ensino fundamental, a formação é realizada pelo Centro de Formação de Professores. O Centro explora com maior ênfase a matemática, com base no Pacto Nacional da Alfabetização na Idade Certa, na qual os professores elaboram diversas maneiras de inserir a matemática em situações do cotidiano dos alunos. Como resultado das formações, várias didáticas já foram criadas. Entre elas, destacam-se os jogos e a caixinha da contagem, que de forma descontraída ensina os alunos a resolverem as quatro operações bases da matemática.
Uma outra atividade realizada nas escolas, é a gincana interdisciplinar, que está inserida no projeto de acompanhamento aos alunos com dificuldade de aprendizagem, cujo objetivo é estimular os alunos e fortalecer o aprendizado.
A estudante do 5º ano, Vanessa Gabriela Silva, que já participou da gincana na escola Terezinha de Souza, bairro do Castanheira, disse ter adorado, porque além de fazer novas amizades, pôde se dedicar a assuntos nos quais tinha dificuldade. “É gostei muito, porque no grupo a gente tem que pensar em diversas maneiras de usar as formas geométricas, e acaba tirando várias dúvidas”, explica.
No Ciclo II (4º e 5º ano), a responsabilidade de criar mecanismos para uma aprendizagem satisfatória é de responsabilidade do Núcleo de Informática Educativa (Nied), onde são formulados simulados, aplicados semestralmente, mais conhecidos como Provinha Belém, que abrange as disciplinas de língua portuguesa, matemática, ciências da natureza e ciências humanas. Nas provas, situações do cotidiano estudantil são inseridas nos comandos das questões.
Nos Ciclos III (6º e 7º) e IV (8º e 9º) há também a formação dos profissionais sob a responsabilidade da equipe de técnicos da Diretoria de Ensino da Semec. O objetivo é propor metodologias inovadoras para os alunos de 11 a 14 anos. Como resultado, já foi criada a Gincana da Matemática, realizada em escolas do município.
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