Escolas Municipais incentivam a valorização da Língua Portuguesa
A língua é a expressão da identidade e da cultura de um povo. O Português foi trazido para o Brasil durante a colonização e aqui se misturou com as palavras dos dialetos indígenas e africanos. Hoje, o Português é falado de formas diferentes pelas diversas regiões do país e está sempre se renovando. Tão grande a importância do nosso idioma para a construção de conhecimento, e para a comunicação, que neste 5 de novembro é celebrado o Dia Nacional da Língua Portuguesa.
Nas escolas, desde as séries iniciais, ela é essencial. Na Língua Portuguesa os alunos são alfabetizados e vão aperfeiçoando seus conhecimentos e sua maneira de se expressar, através da fala e da escrita. Neste trabalho está o importante papel do professor, que ajuda na formação de indivíduos capazes de adequar seu discurso e sua escrita de forma apropriada às várias situações do uso da língua.
Na Escola Municipal Ernestina Rodrigues, localizada no bairro de São Brás, em Belém, a professora Elci Puga, pedagoga com 18 anos de profissão, é admirada pelos alunos pela dedicação e amor com que leciona a Língua Portuguesa às suas turmas. Para ela, “é mais que uma disciplina curricular, é a nossa identidade, que está presente no cotidiano de todos e que na escola é aperfeiçoada para formar cidadãos críticos, capazes de entender, interpretar, questionar e resolver qualquer questão que lhes for apresentada em seu meio social”.
Dayane Ribeiro, de 11 anos, é aluna do 4º ano do ensino fundamental. Ela conta que sempre gostou de Português, mas que nas aulas da professora Elci se encantou ainda mais pela disciplina. “Ela ensina de um jeito tão didático que fica muito mais fácil entender, a gente tem mais vontade de aprender e fazer as atividades. Adoro ler e escrever e, quando crescer, quero ser advogada. É uma profissão muito importante para a sociedade e sei que é preciso ter bastante conhecimento da Língua Portuguesa para falar e escrever bem”, planeja a aluna.
Já é rotina para os alunos da Escola Ernestina Rodrigues as aulas de produção de texto, onde a professora apresenta os variados gêneros textuais e eles, de maneira livre e participativa, são conduzidos a mergulhar no mundo da gramática, da leitura e da escrita. Entre os gêneros, os alunos aprendem a fazer poemas, fábulas, cartas, receitas, charges e etc.
“Eles gostam tanto desse momento, que ficam sempre empolgados perguntando qual tipo de texto vamos trabalhar naquela aula. Nossos alunos adoram ler e escrever, a Língua Portuguesa mostra um mundo de possibilidades para eles, de se expressar, de se comunicar, de ter voz”, explica a educadora Elci.
A aluna Ana Laura Carneiro, tem 10 anos e também está no 4º ano. Ela lembra que quando entrou na escola tinha algumas dificuldades na disciplina e hoje tem uma afinidade muito grande com a Língua Portuguesa. “As aulas despertaram em mim o gosto por ler e escrever. Adoro escrever fábulas, me sentir dentro das histórias. É muito bom ter uma escola que nos incentiva de verdade a aprender e valoriza nosso desenvolvimento intelectual”, declara Ana Laura.
Esse trabalho de valorização da Língua Portuguesa com os alunos da Escola Ernestina Rodrigues, tem rendido ótimos resultados no aprendizado, que mais uma vez pode ser comprovado na avaliação do Ministério da Educação. Entre as escolas da rede municipal de ensino, a Ernestina foi a que teve a melhor nota no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2015, atingindo a pontuação de 6.5. A Língua Portuguesa é uma das habilidades avaliadas no levantamento do MEC.
Para a diretora da Escola Ernestina Rodrigues, Ana Soares Farias, “o método de ensino trabalhado tem funcionado muito bem com os alunos, o que mostra que é sempre muito importante buscar novas formas de ensino para enriquecer o aprendizado dos estudantes. Isto é reflexo do apoio e excelente formação que a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), oferece à escola e aos nossos educadores”.
Ana complementa ainda destacando que a Língua Portuguesa, além de ser muito importante também para o entendimento das outras disciplinas, tem uma função social muito importante que é inserir o nosso aluno no convívio social. “A criança que lê e escreve tem uma capacidade melhor de se comunicar, consegue ver o mundo de outra forma, e nosso objetivo é esse: dar aos alunos oportunidades de desenvolver seu senso crítico, trabalhando seu potencial linguístico, para que ele saia daqui um real leitor-autor, das histórias que escreve e da sua própria história”.