Governo e prefeituras da Região Metropolitana buscam solução para retomada da coleta do lixo
Há três dias moradores de Marituba interditam a via que dá acesso ao aterro sanitário que recebe o lixo produzido pela Região Metropolitana. Desde a quarta-feira,01, os caminhões de coleta que atuam nos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba estão impedidos de descartar o lixo, impossibilitando o serviço de coleta.“A mobilização popular ocorre pelo odor produzido pela decomposição do lixo no aterro que atinge toda a população de Marituba”, pontuou Junior Vera Cruz,morador do município.
Desde o início da interdição várias reuniões já foram realizadas para tentar resolver o impasse que tem prejudicado a coleta de lixo em Belém e Região Metropolitana.Na noite desta nesta sexta-feira, 03, os secretários de saúde do Estado,Vitor Matheus,do Município,Sérgio Figueiredo,de Saneamento de Belém, Thales Bello,e o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Luiz Fernandes, participaram de mais uma conversa com os moradores no local onde ocorre a interdição.
“Precisamos encontrar uma solução imediata que atenda ao mesmo tempo as demandas apresentadas pelos moradores de Marituba, que se sentem prejudicados com a presença do aterro sanitário, assim como garantir que Belém, Marituba e Ananindeua possam depositar seus resíduos em local ambientalmente adequado”, pontuou o secretário Luiz Fernandes.
O Governo do Estado e as prefeituras de Belém e Ananindeua já apresentaram para a Revita, empresa que opera o aterro sanitário, as medidas emergenciais que precisam ser imediatamente adotadas com objetivo de reduzir o odor produzido pela decomposição do lixo. Entre essas medidas estão recobrimento do lixo com lona, cobertura das lagoas que acumulam o liquído proveniente da decomposição, bem como utilização de agentes químicos que neutralizem o mau cheiro.
“Na próxima semana será constituída uma comissão formada por representantes do Governo do Estado, prefeituras dos municípios da Região Metropolitana, Ministério Público, OAB,e moradores de Marituba com a finalidade de acompanhar e fiscalizar essas ações que estão sendo impostas para a empresa”, acrescentou Luiz Fernandes.
“A Prefeitura de Belém está solidária com a situação dos moradores de Marituba, mas entende que é preciso encontrar uma solução viável para a destinação adequada dos resíduos que estão se acumulando nas ruas da cidade e gerando um sério problema de saúde pública”, ressaltou Rui Frazão, titular da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos (Semaj).
Belém e distritos produzem em média 1100 toneladas de lixo domiciliar por dia. Atualmente, o aterro de Marituba é o único local ambientalmente adequado para descarte desse lixo.
“Atuamos de forma a encontrar soluções legais que garantam o serviço de coleta e limpeza urbana em Belém”, pontuou Frazão, destacando a importância na manutenção do diálogo com moradores de Marituba e as tentativas de encerrar o protesto restabelecendo o serviço de coleta nas cidades afetadas o mais rápido possível.