Operação fiscaliza comercialização irregular na Praça da República
A Praça da República, um dos principais pontos turísticos da cidade, foi entregue para população totalmente restaurada na última terça-feira, 14, pela Prefeitura Municipal de Belém. Mas os trabalhos não se restringem a embelezar o espaço. A Ordem Pública Municipal, em parceria com a Secretaria Municipal de Economia (Secon), realizou neste domingo, 19, uma operação de ordenamento na área.
O objetivo é ordenar, fiscalizar, monitorar, reprimir os excessos e fazer cumprir o Código de Posturas do Município em relação principalmente aos ambulantes que trabalham de forma irregular no espaço. A Praça da República já conta com o número máximo permitido desses trabalhadores, com 40 comerciantes com vendas em geral e 11 vendedores de água de coco.
Ana Carolina Magalhães, 58, trabalha na praça há 15 anos na Praça da República e faz questão de listar os motivos para a realização de operações do tipo. “Fica mais bonito, já que todos os vendedores cadastrados ficam em seus espaços, existe uma organização mais eficiente e agrada mais o público que vem passear. É necessário que haja essa fiscalização rigorosa, tanto na questão dos vendedores, como no zelo pelo patrimônio”, disse.
Mais de 30 profissionais da Secon e da Ordem Pública estiveram desde as 7h na praça para evitar que ambulantes irregulares se instalassem. O chefe de operações da Secon, Arlindo Farias, explicou como foi planejado o trabalho. “Nada é feito repentinamente. Nós notificamos, explicamos que não se pode trabalhar de forma irregular e mesmo assim muitos continuam. Sendo assim, temos de agir retirando os produtos que o ambulante está vendendo”, afirmou Arlindo.
Quem utiliza a praça como forma de diversão, principalmente aos domingos, também aprovou a operação da Prefeitura de Belém. “É de suma importância que o patrimônio público seja protegido, tanto nas suas estruturas, como na organização de quem trabalha aqui. Sem tantos vendedores fica mais espaçoso, mais bonito”, frisou a estudante Carolina Sobral, de 21 anos.
Fernanda Trópico trabalha há 1 ano na Praça da República. Mas uma situação em especial, deixou a vendedora de 40 anos feliz com a operação. “Já vi gente vendendo pelo meio da praça o mesmo produto que eu comercializo, com um preço mais em conta, já que ele não paga o imposto necessário pra se regularizar, pode vender mais barato e isso gera uma revolta em quem faz tudo certo. Espero que tenha sempre”, afirmou.
E para garantir que a organização seja mantida durante todos os domingos na Praça da República, a coordenadora da Ordem Pública Municipal, Elizete Cardoso, deu uma boa notícia para o público e os vendedores e ambulantes licenciados para trabalhar no local. “Essa ordenação vai ser constante. A ordem é tolerância zero. Durante toda manhã já apreendemos dois ambulantes irregulares. Todos os domingos vamos manter a Ordem Pública e a Secon dentro da praça, para zelar pelo patrimônio”, garantiu.
Além dos 51 ambulantes, a Praça da República conta com mais 540 barracas de feira de artesanato regularizadas para ocupar o local.