Projeto “Escolas Sustentáveis” da rede municipal de Educação de Belém tem financiamento da Itaipu Binacional
A Secretaria Municipal de Educação (Semec) vai ampliar e reforçar o conceito de educação ambiental no ambiente escolar, a partir do projeto “Escolas Sustentáveis”, no segundo semestre deste ano. Ele vai funcionar em 32 unidades educativas, abrangendo todos os distritos, incluindo Mosqueiro, Icoaraci, Outeiro e Fundação Escola Bosque “Eidorfe Moreira”.
O projeto é resultado de um convênio financiado pela Itaipu Binacional, superior a R$ 1 milhão, Prefeitura de Belém, por meio da Semec, Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e Universidade Federal do Pará (UFPA), para reforçar a política de educação ambiental. A empresa já está investindo R$ 40 milhões em ações na capital paraense voltadas para o meio ambiente e sustentabilidade.
Reunião
Na tarde desta segunda-feira, 15, a secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, se reuniu com a equipe que está à frente da iniciativa para realinhar as escolas que participarão desta primeira etapa do projeto, os cursos de formação para gestores, professores e demais profissionais de educação e a adaptação da infraestrutura da unidade de ensino para receber o biogestor, equipamento que transforma resíduos em gás e fertilizantes – para recursos para as hortas escolares e atividades ao ar livre, promovendo a educação ambiental.
Do encontro participaram também, o presidente da Funbosque, Laurimar Matos; o diretor de Educação da Semec, em exercício, Walter Braga; e a representante do Comitê Executivo Municipal da COP-30, Taissa Scerne.
Para a professora Márcia Bittencourt, que coordena – pela Fadesp - o Eixo III do projeto, que trata de educação ambiental e sustentabilidade, a iniciativa é mais uma ferramenta pedagógica que integra a educação e práticas mais sustentáveis para o enfrentamento presente e futuro. “São ações importantes de preservação do meio ambiente, fortalecimento das cooperativas de catadores, mas, sobretudo, o compromisso da escola com uma sociedade ecologicamente justa e socialmente responsável.
A professora explica que as escolas da rede municipal de Educação de Belém escolhidas já fazem uso de energia limpa e renovável, a partir da instalação de placas fotovoltaicas, tem projetos de coleta seletiva do lixo, número de estudantes suficiente para obter o bigestor, e muitas estão próximas das UVR’s – Unidades de Valorização de Recicláveis, que fomenta a prática da reciclagem pela triagem dos resíduos sólidos reaproveitáveis.
“Nossas escolas vão receber oficinas, cursos formativos e de requalificação e todo apoio da gestão para efetivar esse projeto em todas as nossas unidades, que está alinhado com o 13º dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, destaca Araceli Lemos. Para ela, a ideia é que o projeto ultrapasse os muros da escola que chegue em cada bairro de Belém. “Acreditamos que a educação é capaz de transformar a sociedade, criar hábitos mais saudáveis, e assegurar mais aprendizado por justiça ambiental”, completa Araceli.