Alunos com deficiência auditiva participam das dinâmicas lúdicas na Minicidade do Trânsito
Nesta sexta-feira, 20, os alunos com deficiência auditiva, que fazem parte do Instituto Felipe Smaldone, se animaram ao ver pela primeira vez a Minicidade do Trânsito. O espaço foi montado pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), como parte da programação da Semana Nacional do Trânsito, em parceria com o shopping IT Center.
Inclusão - A minicidade é montada simulando uma cidade de verdade, com semáforos, faixas de pedestres, faixas cidadãs, placas de sinalização, estacionamento especial para idoso/PCD. É uma forma de ensinar, de maneira lúdica e divertida, como funciona a via pública, mostrando os locais adequados para o uso de cada indivíduo envolvido no trânsito, como a calçada, a ciclofaixa e a rua, exemplificando inclusive o uso das sinalizações corretas.
“A minicidade também é um espaço para a inclusão. As crianças com deficiência auditiva são muito mais visuais, eles percebem melhor o trânsito neste espaço. De forma segura e prática eles entendem como se comportar de forma segura na via pública”, explicou Tatiane Pinheiro, chefe da divisão de educação para o trânsito (CDET) da Semob.
Lúdico e prático - Com a ajuda das professoras interpretando em libras as orientações dadas pela agente de trânsito Karime Rodrigues, os alunos interagiram com rapidez e mostravam que conheciam bem as regras de segurança viária, como usar o cinto de segurança no carro e só ser transportado em motocicleta a partir dos 10 anos. Além de reforçar sobre o uso de equipamentos de segurança para andar de bicicleta e por onde os pedestres devem atravessar a rua.
A turma de sete alunos, na faixa etária de oito e nove anos, se agitou ao percorrer a minicidade, enquanto a agente de trânsito dava as instruções e orientações para conhecer os espaços destinados a cada envolvido no trânsito e também o significado das placas de sinalização e dos semáforos.
Quando a dinâmica iniciou e cada aluno assumiu um papel, o pequeno Gabriel foi o primeiro a mostrar o que tinha aprendido: como ciclista, ao atravessar a rua, deve sempre descer da bicicleta e atravessar a via na faixa de pedestre. Manuella se tornou agente de trânsito e estava atenta aos colegas, pronta para orientar os amigos condutores e pedestres e aplicar a multa-mirim, se fosse necessário.
Já o jovem Pedro comandou as luzes do semáforo, sinalizando quando os pequenos condutores poderiam seguir viagem, quando precisavam ter atenção e quando tinham que parar, para que os outros alunos e arte-educadores atravessassem na faixa de pedestre de forma segura.
Para a coordenadora pedagógica Danylla Gama, participar da programação na minicidade foi uma grande oportunidade para os alunos do instituto. “Eles conseguem vivenciar e visualizar, de verdade, o que é o trânsito e como ele funciona. Conseguem ver coisas que, às vezes, na correria do dia, eles acabam perdendo. Aqui na minicidade é algo que eles estão experimentando, na prática. Isso é uma forma deles conseguirem assimilar melhor as coisas , do que se houvesse apenas alguém falando para explicar as situações”, pontuou a coordenadora.
Arte e educação - Além da diversão lúdica na minicidade, as crianças também ouviram as explicações dos arte-educadores sobre comportamentos seguros no trânsito, como forma de reforçar todos os ensinamentos transmitidos pelas agentes de trânsito que acompanharam a atividade.