Prefeitura entrega Escola Municipal Perpétuo Socorro com nova infraestrutura no bairro do Tapanã
Mais uma unidade escolar foi entregue à comunidade com reforma completa e com novos equipamentos. A Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), entregou a Escola Municipal Professor Perpétuo Socorro Jesus Figueiredo, no bairro do Tapanã, nesta terça-feira, 19. O prefeito Edmilson Rodrigues, a secretária municipal de Educação, Araceli Lemos, professores, pais e alunos participaram da cerimônia e apresentações culturais.
"Agora, com a escola climatizada e um ambiente melhor, as crianças vão se sentir mais motivadas a frequentar. A reforma traz mais conforto e vai fazer com que elas se sintam mais dispostas a estudar", afirmou Suelen Pinheiro, dona de casa e mãe de Radassa Vitória de Melo, aluna do Jardim 2. A escola, localizada na rua Almirante Tamandaré, foi revitalizada para garantir melhores condições de aprendizado e bem-estar aos estudantes.
A cerimônia começou com apresentações de jogral e a interpretação da música "Pra Você", um brega paraense, pelas alunas venezuelanas, destacando a integração cultural promovida pela escola. Durante o evento, o prefeito Edmilson Rodrigues, a secretária municipal de educação, Araceli Lemos, e professores da instituição, descerraram as placas de inauguração e de homenagem à professora Selma Sueli Santos.
Homenagem à fundadora
A Escola Municipal Professor Perpétuo Socorro Jesus Figueiredo tem uma história marcada por transformações. O espaço, que antes abrigava apenas quatro salas de aula pertencentes à Associação Amigos Solidários, foi doado à Semec em 2015. A professora Selma Sueli Santos, uma das fundadoras da associação, foi homenageada na ocasião. Em 2008, o Consulado do Japão em Belém doou 77 mil dólares para a construção e revitalização das quatro salas de aula.
Com a entrega da reforma, Selma Sueli, emocionada, ressaltou que o novo espaço escolar representa a realização de um sonho. "É com grande alegria que celebramos a realização desse grande sonho. Agradeço a Deus, ao prefeito Edmilson Rodrigues e a todos que acreditaram nesse projeto. Hoje, vejo as crianças estudando aqui e sinto que todo o esforço valeu a pena. A escola é um lugar de oportunidades e transformação para gerações", afirmou a professora, que esteve à frente dessa importante mudança.
Investimento na educação
O cônsul do Japão em Belém, Tomio Sakamoto, também participou da inauguração e falou sobre a importância do investimento contínuo em educação. "O Japão não tem recursos naturais significativos, mas sempre investiu na educação, priorizando o capital humano. Esse investimento é fundamental para o desenvolvimento", destacou. Sakamoto expressou sua alegria ao ver a qualidade da escola e o progresso da comunidade, relembrando o momento em que o local era apenas uma associação e hoje se transforma em um centro de aprendizado.
Modernização da infraestrutura
A reforma da escola recebeu um investimento de R$ 1.875.369,88 e foi iniciada em abril de 2024. O projeto incluiu a revisão das coberturas, novas instalações elétricas e hidráulicas, revitalização da torre de caixa d'água, cozinha e despensa, além da melhoria estrutural da quadra de esportes. Todo o espaço foi climatizado para proporcionar maior conforto aos alunos.
Além das reformas estruturais, a obra também contemplou melhorias no calçamento interno e externo, a instalação de acessibilidade com banheiros adaptados para Pessoas com Deficiência (PCDs) e piso podotátil, e a pintura geral do local. A sala de informática foi modernizada e a biblioteca revitalizada, garantindo um ambiente mais funcional e inclusivo para a comunidade escolar.
Inclusão Cultural Promovida pela escola.
Inclusão cultural promovida pela escola
A escola também se destaca pela acolhida de alunos de diferentes origens, como os indígenas da etnia Warao, que são atendidos no local. "Eu atendo atualmente 19 alunos, todos da etnia warao, desde o Jardim 1 até o terceiro ano do ensino fundamental. O maior desafio, com certeza, tanto pra mim quanto pra eles, é a língua. A primeira barreira é a língua, pra que eles possam aprender a se comunicar e, de fato, se inserir na sociedade brasileira. A gente começa a trabalhar a língua, desde as primeiras saudações. Então, depois que a gente vence essa barreira, já se torna muito mais fácil", detalhou a professora.