Instalação de biodigestores em escolas municipais gera benefícios ambientais e econômicos

Por Leandro (SEMEC)  23/11/2024 14h44  14h44

A Escola Municipal Manuela Freitas, localizada no bairro de São Brás, é a 21ª unidade contemplada com a instalação de um biodigestor, reforçando o compromisso da rede municipal de ensino com a sustentabilidade e a inovação tecnológica. A iniciativa busca integrar práticas de gestão de resíduos orgânicos ao ambiente escolar, promovendo educação ambiental e economia de recursos. Trata-se do resultado de um convênio do Governo Federal, via Itaipu Binacional, com a Prefeitura de Belém e a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp).

O biodigestor instalado na escola, nesta sexta-feira, 22, transforma resíduos orgânicos, como restos de alimentos das merendas escolares, em biogás e biofertilizantes. O biogás poderá ser usado na própria cozinha da escola, enquanto o fertilizante será aplicado na horta escolar, contribuindo para um ciclo sustentável de produção e consumo.

Durante a instalação do sistema, o distribuidor da Homebiogas, Rodrigo Huhn, destacou a importância do projeto para o desenvolvimento das escolas e das comunidades do entorno. “Essa iniciativa não apenas reduz a produção de lixo e o impacto ambiental, mas também ensina às crianças e jovens a importância de cuidar do planeta. A Escola Manuela Freitas está sendo um exemplo de como é possível aliar educação e sustentabilidade”.

Envolvimento da Comunidade Escolar

A implantação do biodigestor veio acompanhada de palestras e oficinas destinadas a professores, estudantes e funcionários da escola. A ideia é que toda a comunidade escolar compreenda o funcionamento da tecnologia e a importância de adotar práticas mais conscientes no dia a dia.

A diretora da escola, Márcia Chaves, celebrou a chegada do biodigestor. “Para nós, é um marco importante. Saber que a nossa escola vai contribuir com práticas sustentáveis e inovadoras, é um ganho muito grande. Além disso, o biogás será uma economia significativa para a nossa cozinha”.

Os estudantes também demonstraram animação com o projeto. Para Lucas Andrade, de 13 anos, a instalação do biodigestor é uma oportunidade de aprender na prática. “A gente aprende nas aulas que o lixo pode virar coisas boas, e agora vamos ver isso de verdade na escola. Quero ajudar e mostrar para minha família como funciona”.

Próximos Passos

A instalação do biodigestor na Escola Municipal Manuela Freitas faz parte de uma etapa inicial do projeto, que pretende implementar a tecnologia em outras onze escolas da rede municipal, até o final do ano, fortalecendo a gestão de resíduos sólidos e o uso de fontes de energia renováveis.

A coordenadora do Eixo 3 de Educação Ambiental e Sustentabilidade do Convênio Itaipu/Fadesp/PMB, Márcia Bittencourt, explicou que, além dos benefícios ambientais, o programa tem impacto direto no orçamento escolar. 

Benefícios ambientais e econômicos

“O biodigestor em uma escola municipal oferece benefícios ambientais e econômicos. Ele transforma resíduos orgânicos em gás e produz biofertilizantes, que podem ser usados na horta ou comercializados. Além disso, serve como ferramenta educativa, permitindo que os estduantes aprendam química, biologia e física, de forma prática. O projeto contribui para a redução do lixo, geração de energia limpa e sustentabilidade, especialmente em escolas que já utilizam energia fotovoltaica, promovendo um caminho de modelo de escolas sustentáveis em Belém”, explicou Márcia Bittencourt.

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semec), a partir de projetos como esse, Belém avança como uma referência em práticas sustentáveis na educação pública, mostrando que soluções inovadoras podem transformar escolas em verdadeiros laboratórios de cidadania e cuidado com o meio ambiente.