A Prefeitura de Belém e o Conselho Municipal de Educação (CME) entregaram, no final da tarde desta segunda-feira, 25, o selo antirracista “Zélia Amador de Deus” a 33 escolas municipais da capital.

A cerimônia foi realizada na sala Vicente Salles, na Fundação Cultural de Belém (Fumbel), e contou com a presença do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, e  das diretoras das escolas certificadas.

A honraria foi instituída pelo CME, por meio da Resolução 22, de 12 de junho de 2024, e reconhece as práticas de educação antirracistas consolidadas no currículo da unidade de ensino.

“Quero parabenizar o Conselho Municipal de Educação que instituiu este selo antirracista. Foram 33 escolas certificadas e é a primeira vez que ela se realiza”, comentou o prefeito Edmilson Rodrigues.

O selo estabelece diretrizes para implementação de uma educação para as relações étnico-raciais, a partir da perspectiva antirracista. Diretora da Escola Municipal Maria Auxiliadora Martins Gonçalves, no bairro do Jurunas, uma das 33 premiadas com o selo, a professora Iris Santana destacou o trabalho feito junto aos alunos da unidade. 

“Esse selo é muito importante para a nossa escola, principalmente porque nosso alunos têm de 2 a 5 anos. Realizamos oficinas , teatros e até jogos com essa temática antirracista”, explicou.

Homenageada com o nome dado à honraria, a professora Zélia Amador de Deus, referência nacional no combate ao racismo e na educação antirracista, não conseguiu participar do evento devido a compromissos profissionais, mas comentou, por meio de vídeo, a sua satisfação em ter o nome lembrando em uma pauta tão importante. 

“É uma homenagem, que se compromete com a educação antirracista nas escolas do município. Esse é o caminho para começarmos a conscientizar desde cedo as pessoas”, comentou Zélia.

Segundo o presidente do CME, Alberto Damasceno, a iniciativa busca homenagear a todos. "O selo visa fortalecer a educação étinico-racial e a luta antirracista no ambiente escolar, ao mesmo tempo em que celebra a memória de personagens históricos como Zumbi e Dandara, e da contemporânea Zélia Amador”.